Uma coalizão internacional de mais de 500 editores, chamada Publishers for Palestine, divulgou, no fim do mês passado, uma carta aberta exigindo que os organizadores da Feira do Livro de Frankfurt rompam seus laços com Israel. O grupo, que inclui editoras de 50 países, alega que Israel pratica genocídio e apartheid colonial contra o povo palestino, e pede uma postura firme da feira em defesa dos direitos dos palestinos.
A carta é assinada por oito empresas brasileiras, incluindo a editora Boitempo e a Livraria Leonardo da Vinci. Além do Brasil, há subscritores do México, França, Espanha, Chile, entre outros países. A carta foi publicada poucos dias antes do início da Feira de Frankfurt 2024, um dos principais eventos do mercado editorial global.
No ano passado, a feira enfrentou controvérsia após o ataque de 7 de outubro em Israel, quando o diretor da feira, Juergen Boos, expressou apoio ao país e organizou eventos com vozes israelenses. A decisão de destacar Israel na programação levou ao boicote de várias editoras do mundo árabe, que se retiraram do evento em protesto.
Este ano, a programação da feira incluirá algumas discussões sobre a Palestina, como o painel “Quo Vadis Palestine”, com o romancista palestino Atef Abu Saif, e uma conversa com o autor Abdalrahman Alqalaq sobre a escrita em exílio. No entanto, a coalizão de editores pró-Palestina continua pressionando por uma posição mais firme da organização da feira.
Clique aqui para conferir a íntegra da carta aberta.