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A Liga Brasileira de Editoras (Libre) reúne 180 editoras independentes. No último final de semana, a entidade realizou a Primavera dos Livros, evento que acaba de entrar para o calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro. Tomaz Adour, presidente da Libre, é o entrevistado da semana aqui no Happy Hour Nespe. Na conversa, ele fez um balanço da Primavera, falou sobre formação de leitores, políticas públicas do livro, bibliodiversidade e deu alguns spoilers da programação da Casa Libre em Paraty.
Happy Hour Nespe – A Libre acaba de realizar mais uma edição da Primavera dos Livros. A primeira desde o início da pandemia. Qual balanço você faz do evento?
Tomaz Adour – Foi uma das melhores das edições dos últimos cinco anos. Foi uma retomada, com todos animados. Nunca vi tanta gente no Museu [da República]. Sábado e domingo não dava para andar. A estimativa é que passaram por lá 20 mil pessoas. Muitos não acreditavam, vieram menos editoras e todas ficaram satisfeitas e venderam acima da expectativa.
HH – A formação de leitores é um dos motes da Primavera. Quais estratégias o evento colocou em prática para alcançar esse objetivo?
TA – A formação de leitores é fundamental e isso a gente faz muito trazendo alunos e escolas. No entanto, neste ano, não teve o tradicional Dia do Professor, por falta de apoio da prefeitura. Uma lei tornou a Primavera um evento oficial do calendário da Cidade do Rio de Janeiro. Todo dia 6 de setembro, a capital fluminense vai comemorar a Primavera dos Livros. Apesar disso, a prefeitura não apoiou nem o evento e nem o Dia do Professor. Isso foi um baque. Era importantíssimo ter conosco os professores para estimular a formação de leitores, mas não tivemos. Era fundamental esse apoio governamental e espero que isso volte a acontecer no próximo ano.
HH – A bibliodiversidade é uma das principais bandeiras da Libre. No cenário atual, o que pode impactá-la?
TA – Eu diria que a bibliodiversidade é a principal bandeira da Livre. Somos quase 200 editoras, que reúnem um catálogo de quase 20 mil títulos. Na Primavera, por exemplo, quase ninguém deu desconto. Essa é outra política da Libre: apoiamos a Lei Cortez, que quer regulamentar o comércio de livros no Brasil. O foco não é o desconto. O nosso foco é valorizar as obras.
Sobre o cenário atual, a gente ainda não sabe quem será o presidente a partir de 2023. Eu espero que mude. Espero também que a gente possa ter mais investimento em Cultura, mais financiamento para as editoras e mais verba para compra de livros, em especial, das independentes.
HH – As editoras independentes têm um papel fundamental no ecossistema do mercado editorial brasileiro. Qual a situação atual desse segmento do setor editorial?
TA – Por incrível que pareça, as independentes cresceram durante a pandemia. Eu acho que isso pode ser por dois motivos. Primeiro, porque as pessoas ficaram mais tempo em casa e aquele sonho de ser editor ou publicar um livro cresceu. Então, surgiram muitas editoras novas. A tendência é que isso cresça.
O outro ponto é que, justamente, por as pessoas ficarem mais em casa, elas passaram a procurar por livros diferentes, que as grandes editoras não atendem. As pequenas vieram preencher um nicho de mercado e atender a uma demanda por títulos novos que não necessariamente têm grandes tiragens. Essas editoras independentes estão ocupando esse espaço.
HH – Nas últimas gestões a Libre atuou fortemente pelas políticas públicas do livro e leitura, como tem sido está atuação na sua gestão?
TA – A gente continua atuando nessas políticas públicas do livro. Eu fiz parte do plano diretor do Rio de Janeiro. Haroldo [Ceravolo, da Alameda] e Lizandra [Magon de Almeida, da Jandaíra] participam em São Paulo. Estimulamos todos os nossos editores a participar disso. Teve uma união muito forte da Libre com outras entidades, como a CBL e o SNEL. Temos que continuar apoiando isso e, principalmente, nas cidades onde ainda não tem um plano do livro.
HH – A Casa Libre é uma grande tradição na Flip. O que podemos esperar dessa edição?
TA – A Casa Libre em Paraty também será de retomada. Estamos fechando o tema. A homenageada da Flip é a Maria Firmina e vamos ter uma mesa sobre ela que completaria 200 anos. Vamos trazer ainda Julia Lopes, que completaria 160 anos, e também Darci Ribeiro, que completa seu centenário. A programação está sendo feita. A Graviola Digital é a patrocinadora, então vamos falar das novas mídias, novas oportunidades de mercado para o livro, além do papel. Em breve, vamos divulgar a programação completa.
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