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Lançado pelas Edições Sesc, em parceria com a Ouro sobre Azul, o livro Lendo e relendo (516 pp, R$ 90) oferece ao leitor uma jornada sobre os escritos da crítica literária Walnice Nogueira Galvão.
O volume reúne textos publicados por Galvão na imprensa entre 1997 e 2018 sobre diversos assuntos, que vão da resistência do teatro brasileiro sob a vigência da ditadura militar, às nuances históricas do cinema chinês, passando, claro, pela literatura de nomes como J. M. Coetzee, Mário de Andrade, Pagu, entre muitos outros.
O livro evidencia um panorama sobre as muitas facetas da realidade sociopolítica e cultural de nosso país e do globo. A abordagem dos mais diversos temas acontece enquanto Galvão versa sobre literatura brasileira e estrangeira, teatro, cinema, artes plásticas, história, sociologia, teoria literária e política, por exemplo.
Na crítica que abre o livro, Galvão fala que “deveria vigorar entre os direitos civis das crianças a inoculação de uma dose de Edgar Allan Poe logo na infância. Nunca mais perderiam a chave daqueles deliciosos calafrios de terror que suas estórias despertam”.
Mais adiante, ao escrever sobre Antonio Candido, diz que “o lugar que [ele] ocupa em nossa cultura é múltiplo. De saída, há que destacar seu papel como autor de uma reflexão fundamental para a criação de uma consciência sobre o país, de que é pedra angular seu livro de 1959, Formação da literatura brasileira”.