Crescimento da indústria de áudio em língua portuguesa impulsiona novos formatos

Notícias – Nespe

A indústria de áudio em língua portuguesa está em plena ascensão, gerando aproximadamente 30 milhões de euros por ano, segundo o primeiro Mapa da Indústria de Áudio em Língua Portuguesa, elaborado pela Dosdoce.com. O estudo identificou 365 entidades ativas no mercado, que têm investido fortemente na produção de podcasts, audiolivros e outros formatos de áudio. O Brasil é o principal motor desse crescimento, representando 84% das empresas envolvidas, enquanto Portugal responde por 10% das entidades.

De acordo com o relatório, nos últimos cinco anos, o mercado de áudio em português viu um aumento significativo na produção de conteúdo, com mais de 250 mil podcasts e cerca de 10 mil audiolivros lançados. As plataformas de streaming, embora representem apenas 3% do total da indústria, são os principais promotores do setor, investindo milhões na produção de audiolivros licenciados por editoras. Esse movimento tem sido crucial para impulsionar o consumo de conteúdo em áudio nos mercados lusófonos.

O estudo também destaca a diversidade das atividades econômicas das entidades envolvidas. No Brasil, 59% das empresas são editoras como Companhia das Letras e Grupo Editorial Record, seguidas por estúdios de produção (26,5%) e veículos de mídia (7,5%), que têm apostado no formato podcast para expandir suas audiências. Em Portugal, a mídia domina o mercado com 56% das entidades focadas em podcasts, enquanto editoras como LeYa e Porto Editora representam 19%.

Apesar do crescimento acelerado, o mercado de áudio em português ainda tem grande potencial inexplorado. Comparado a mercados maiores como os de língua inglesa (2 bilhões de euros) e espanhola (100 milhões de euros), o setor lusófono está apenas começando a se consolidar. A expectativa apontada por Javier Celaya, da Dosdoce, é que a indústria continue crescendo cerca de 10% ao ano até o final da década, impulsionada por novos modelos de receita como assinaturas digitais e parcerias comerciais.

Para que esse potencial se concretize, Celaya recomenda que editoras invistam mais diretamente na produção própria de audiolivros e explorem múltiplos formatos de áudio. Para ele, a diversificação será chave para atrair novos públicos e consolidar o mercado globalmente.

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