Morreu, nesta terça-feira (19), o livreiro Pedro Herz. Filho de Eva Herz, fundadora da Livraria Cultura, Pedro esteve por trás da expansão da varejista que chegou a ter 18 unidades espalhadas pelo Brasil. O negócio hoje é tocado pelos netos da fundadora e enfrenta um processo de recuperação judicial desde outubro de 2018.
A notícia alcançou os principais veículos de comunicação do Brasil, mostrando a importância que Pedro Herz teve para a cultura nacional.
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) enviou nota de pesar, reconhecendo que Pedro “revolucionou o exercício da profissão de livreiro, transformando suas lojas em verdadeiros pontos de promoção de cultura e conhecimento, fomentando debates, promovendo lançamentos e abrindo espaço para manifestações teatrais em suas lojas”
Algumas editoras também lamentaram a morte de Pedro Herz. A Companhia das Letras encabeçou o movimento. Pelas redes, transcreveu depoimento de Luiz Schwarcz, fundador e CEO do grupo. No texto, Schwarcz aponta que “Pedro Herz foi um dos maiores livreiros do Brasil. Um livreiro de corpo e alma. Por inteiro”.
A Rocco também lamentou a morte do livreiro, deixando registrado nas suas redes sociais que Pedro Herz “escreveu um capítulo fundamental da história do mercado editorial brasileiro”. Já a HarperCollins chamou o livreiro de “grande visionário do mundo literário.”
No seu perfil no Instagram, a Livraria da Travessa também rendeu homenagem ao livreiro: “Nos legou durante anos a melhor livraria da América Latina.”
Entre as personalidades do mundo editorial que prestigiaram o enterro na manhã desta quarta-feira, estavam Luiz Schwarcz e Luciana Borges, da Companhia das Letras; Sérgio Milano, da Nobel; Alexandre Fonseca, da editora Perspectiva; Ivo e Talita Camargo, da 2Books; Marcelo Levy, ex-diretor comercial da Todavia; Ricardo Schil, ex-funcionário da Cultura, e Oscar Rios, coordenador comercial da livraria.