Você pode não saber, mas a figura do ghost writer é mais comum do que muita gente pode imaginar. Muitas pessoas que têm uma história a contar, mas não sabem como fazê-lo. Então, podem recorrer a esse profissional para fazer a sua narrativa chegar ao leitor.
A figura, inclusive transcendeu, o lado mercadológico e virou uma meta-história. É o caso do livro Budapeste (Companhia das Letras), em que Chico Buarque conta a história do ghost writer José Costa que vai buscar refúgio na capital húngara. Ou no filme O escritor fantasma, de Roman Polanski, que conta a história de um escritor de sucesso que recebe a missão de finalizar as memórias de um ex-Primeiro-Ministro britânico.
No livro O ghost writer e a autoria (in)visível: figurações na ficção e no campo editorial (Multifoco, 142 pp, R$ 49,90), Dora Lutz, aluna do curso de Produção de e-book aqui no Nespe, faz um mergulho no tema. No livro, Dora explica que o ghost writer é aquele que escreve, mas não assina; a figura que possui, mas não detém a propriedade. Além de conceituar o que é o ghost writing, Dora relembra obras ficcionais que colocaram o profissional que atua neste lado assombreado da literatura. No livro, ela ainda analisa casos reais, em que ghost writers foram à Justiça pedir o seu quinhão nos direitos autorais.
Se você, como a Dora, também é nosso aluno ou aluna e quer o seu livro divulgado aqui, escreva pra gente neste formulário.