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Camilo Santana, ministro da Educação, e demais autoridades apresentam os resultados do Pisa | Divulgação MEC
Nesta terça-feira (05), o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) divulgaram os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) referente ao ano de 2022. O Pisa é aplicado a cada três anos e permite a comparação internacional, uma vez que 81 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) seguem a mesma metodologia.
O que está em avaliação é o desempenho de alunos de 15 anos – idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica na maioria dos países – em três capacidades: matemática, leitura e ciências.
No Brasil, participaram 10.798 alunos de 599 escolas das redes públicas e privadas.
Principais resultados do Pisa
Desde 2009, os alunos brasileiros demonstram estabilidade nos resultados nas três disciplinas, com pequenas variações, não significativas, de acordo com os especialistas. Isso se mantém nos resultados de 2022.
O que se observa, no entanto, é que houve uma diminuição da distância entre os estudantes com melhor pontuação e aqueles com menor pontuação em matemática, entre 2018 e 2022. Este fenômeno não se observa em leitura e ciências.
Em relação aos demais países, o Brasil ficou abaixo da média da OCDE nos três quesitos.
Leitura no Brasil segundo o Pisa
A metade dos estudantes brasileiros não têm nível básico em leitura, fincando abaixo de do nível 2. De acordo com a OCDE, este é o nível mínimo para que o jovem consiga exercer a sua cidadania plena. Entre os países membros da Organização, este índice é de 27%.
Apenas 2% dos estudantes brasileiros obtiveram a pontuação nível 5 em leitura. O índice internacional médio é de 7%.
Em 2022, o Brasil ocupa alguma posição entre a 44 e a 57. Este intervalo mais largo é em função da margem de erro do estudo.
Uma análise mais a fundo do Pisa
Olhando para os resultados de 2018 – lembrando que não houve variação significativa de lá para cá –, o Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) realizou um estudo que apontou: 66,3% dos alunos brasileiros de 15 a 16 anos leram textos com menos de 10 páginas durante o ano. O estudo foi apoiado pela plataforma de leitura Árvore.
Esta constatação suscita preocupações, uma vez que o estudo estabelece uma relação direta entre os baixos índices de leitura e o declínio no desempenho dos jovens em disciplinas como matemática e ciências.
No outro lado da balança, apenas 9,5% dos estudantes brasileiros nesta faixa etária leram materiais com mais de 100 páginas naquele ano. Em contraposição aos nossos vizinhos, este índice é consideravelmente menor. No Chile, por exemplo, os alunos atingiram a marca de 100 páginas em 64% das vezes, na Argentina, 25,4% e na Colômbia, 25,8%.
Apesar desses números preocupantes, as respostas ao questionário do Pisa revelam que os jovens brasileiros têm uma visão positiva sobre a leitura, com mais de 40% dos alunos tanto na rede pública quanto na privada expressando seu gosto por discutir sobre livros, uma média superior à registrada pelos países da OCDE.
Por que os jovens estão lendo pouco?
A Retratos da Leitura – pesquisa que observa o hábito de leitura do brasileiro – demonstrou na sua edição (2019) uma redução significativa no número de leitores. Ao serem questionados sobre a razão de não terem lido mais, a maioria apontou a falta de tempo.
A mesma pesquisa pergunta então, o que essas pessoas estão fazendo no seu tempo livro. As respostas mais frequentes foram: Assiste televisão (caiu de 73% para 67% entre 2015 e 2019), Usa internet (de 47% para 66%), Escuta música ou rádio (se manteve estável em 60%), Usa WhatsApp (de 43% para 62%), Assiste vídeos e filmes em casa (de 44% para 51%) e Usa Facebook, Twitter ou Instagram (de 35% para 44%).
O crescimento do uso da internet, em especial das redes sociais e do whatsapp, e o aumento da linha “Assiste vídeos e filmes em casa” podem denotar o grande desafio dos nossos tempos: como atrair a atenção de pessoas para a leitura?
Especialistas apontam que a insuficiência de bibliotecas públicas, em especial aquelas instaladas nas escolas, é um ponto de atenção. Eles acreditam que é democratizando o acesso que se constrói um país leitores. Não estão errados.
E a Lei Castilho, hein?
O Brasil tem hoje sancionada uma lei que institui no país uma Política Nacional de Leitura e Escrita, a Lei Castilho. Está lá que são as principais diretrizes da Política:
- a universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas;
- o reconhecimento da leitura e da escrita como um direito;
- o fortalecimento do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP);
- a articulação com as demais políticas de estímulo à leitura;
- o reconhecimento das cadeias criativa, produtiva, distributiva e mediadora do livro, da leitura, da escrita, da literatura e das bibliotecas como integrantes fundamentais e dinamizadoras da economia criativa.
No entanto, ela nunca foi regulamentada. Em sua participação na cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti, nesta terça-feira, Anita Gea Martinez Stefani, diretora de apoio à gestão educacional da Secretaria da Educação Básica do MEC, prometeu que essa regulamentação sairá “em breve”. Os presentesm aplaudiram a promessa.
Seria importante para melhorar esses índices.
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