O último fim de semana marcou o fim de mais uma edição da Bienal Internacional do Livro Rio. Comemorando seus 40 anos, o evento recebeu a visita de 600 mil pessoas que compraram 5,5 milhões de exemplares. As informações foram dada pelos organizadores na coletiva de imprensa ao fim da Bienal. O volume é superior ao registrado na edição de 2019, última edição pré-pandemia, quando os expositores venderam 4 milhões de unidades. Os números de 2023 revelam a compra de 9,1 livros per capita e o consumo médio com a compra de livros foi de R$ 200.
O marco foi comemorado por Tatiana Zaccaro, diretora da GL Events, uma das sócias da Bienal ao lado do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL): “Esse é o Brasil que a gente quer”. “O SNEL, junto aos editores brasileiros, trabalha arduamente para que o país tenha um futuro leitor”, completou Dante Cid, presidente do SNEL.
“A Bienal do Livro Rio 2023 ficará marcada pela forte conexão entre as pessoas e as histórias que amam. Com o apoio das secretarias de educação estadual e municipais alcançamos um recorde de participação de alunos e professores da rede pública, reforçando a criação desta semente pela leitura que o país tanto precisa, impactando diretamente mais de 100 mil alunos, professores, suas bibliotecas e salas de leitura,” finalizou o executivo.
Bienal sustentável
Já que o assunto é futuro, a Bienal deste ano se cercou de cuidados e finalizou a sua edição compensando todo o carbono emitido na sua organização. Com apoio da Shell Brasil, o evento comprou créditos de carbono de projetos que preservam a Floresta Amazônica e promovem a geração de energia eólica.
Além disso, a Bienal realizou coleta seletiva de todo o seu lixo, trabalhando com ONGs parceiras para minimizar o impacto ao meio ambiente e contribuir com a economia circular, incrementando a renda de cerca de 70 famílias atendidas pelas cooperativas. Este ano, foram recolhidos 1.238kg de PET, 8.540kg de papelão, 1.367kg de plástico e 1.870kg de latinhas de alumínio, que terão destinação ambientalmente correta.

O Cristo Redentor vestiu a camisa da Bienal para celebrar que o evento se tornou patrimônio cultural da cidade do Rio de Janeiro. | reprodução das redes sociais da Bienal
Os pavilhões do Riocentro foram forrados carpetes fabricados com material reciclável, 100% PET. A fabricação de um metro quadrado desse carpete consome, em média, três quilos de PET reciclado, reduzindo substancialmente o impacto ambiental com o descarte irregular dessas embalagens. Com a desmontagem do evento, o carpete retirado será doado para empresas que o transforma nos mais variados tipos de produtos, como forro para celas de cavalo, chapéus, molas de colchões, capachos de portas, jogo de banheiro e cozinha, lixeirinhas para veículos, entre outros; gerando renda e, principalmente, colaborando com o meio ambiente e com a natureza.
Patrimônio do Rio
O Cristo Redentor vestiu a camisa da Bienal para celebrar que o evento se tornou patrimônio cultural da cidade do Rio de Janeiro. O título chegou junto com os 40 anos da Bienal.