A editora Record acaba de lançar Felicidade (Record, 140 pp, R$ 54,90 R$ 37,90 o e-book – Trad.: Lya Luft) em que o Prêmio Nobel de Literatura Hermann Hesse (1877-1962) reúne uma série de reflexões sobre o seu dia a dia e a escrita.
Nesta antologia de pequenos textos, o leitor encontrará Hermann Hesse em sua escrivaninha lendo as cartas de seus leitores, por vezes melancólicas, engraçadas ou espirituosas; em seu jardim, com roupas surradas, recebendo o autor francês André Gide; ou refletindo sobre o sentido de algumas palavras, como felicidade, ou sobre o motivo de ter usado uma determinada expressão em uma obra escrita há mais de 25 anos, o que o leva a pensar sobre sua rígida educação religiosa.
Escritos entre 1947 e 1961, textos de Felicidade mostram um Hesse maduro, preparando-se para enfrentar a ideia de morte; um Hesse humanitário, que faz pequenos livros personalizados com poemas e desenhos, cuja venda seria revertida em ajuda para pessoas em países em guerra: para ele, cada traço ou palavra representava um prato de comida ou remédios para famintos e doentes.
Em Felicidade, o leitor terá a chance de conhecer a casa do autor, os pequenos cômodos, a paisagem de sua janela, as flores, sua gata, o armário com diferentes tipos de papéis que, mais do que insumo para suas obras, eram retratos de seu estado de espírito: em um dia áspero, no outro, liso; às vezes branco, logo depois amarelecido ou colorido.