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Morreu, nesta terça-feira (30), o livreiro e editor português José Pinho. Ele é o fundador da icônica livraria Ler Devagar, inaugurada em 1999. José Pinho foi também criador de importantes festivais literários como o Fólio, em Óbidos, onde abriu 11 livrarias em prédios abandonados, transformando a vila da província histórica da Estremadura em um pólo livreiro mundial, com reconhecimento da Unesco.
Foi o primeiro diretor artístico do Lisboa 5L, festival criado pela prefeitura da capital portuguesa que chega a sua quarta edição, com o objetivo de celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa e promover a língua, a literatura, os livros, as livrarias, a leitura, os autores e os seus leitores.
O livreiro agia ainda no campo político, sendo presidente da Rede de Livrarias Independentes, entidade que luta pela sobrevivência das livrarias independentes no país.
Pinho mantinha estreito relacionamento com o Brasil. Afonso Borges, agitador cultural responsável por projetos como Sempre um Papo e Fliaraxá, registrou a falta do amigo nas suas redes sociais: “Perdi um irmão, um amigo, uma pessoa da minha família”. “José Pinho, inesquecível, saiba de uma coisa: você melhorou o mundo”, finalizou a homenagem.
O escritor José Santos, que já esteve em Óbidos para acompanhar o Fólio, também se manifestou: “Uma grande perda para toda a comunidade do livro”. A agente literária Valéria Martins registrou: “Agora ele se foi. Mas deixou sementes bem-plantadas. Fez muito pela Literatura”.
José Pinho tinha 69 anos e lutava contra um câncer, segundo noticiaram jornais portugueses.
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