A pergunta que dá título a este post é uma que muita gente que trabalha com livros tem respondido nos últimos tempos. A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) é, por si só, um acontecimento social de altíssima voltagem. Quando ela volta depois de dois anos hibernada por conta da pandemia, então…
Quando você estiver lendo este post, é possível que esteja a caminho da cidade Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade. Por isso, o Happy Hour Nespe faz uma curadoria de o que fazer e o que não perder nos dias de Festa.
Na tenda principal
Na programação principal, o grande destaque vai para a Prêmio Nobel Annie Ernaux, que dividirá mesa com Veronica Stigger, no sábado (26), às 15h. Imperdível também a apresentação da argentina Camila Sosa Villada e Luciany Aparecida, na quinta-feira (24), às 20h45.
Outros destaques internacionais são o chileno Benjamin Labatut, que se apresenta na sexta-feira (25), às 19h, e a colombiana Saidiya Hartman e a argentina Rita Segato que dividem a mesa “Entrar no bosque de luz”, com o brasileiro Luiz Mauricio Azevedo, no sábado (26), às 19h.
Off Flip
Uma das coisas que diferenciam a Flip de outros eventos literários é a potência da programação que circunda a tenda principal. Ela ganhou muita força nos últimos anos e nessa Flip da retomada, ela ganha ainda mais musculatura.
O site do evento lista 37 espaços parceiros, alguns deles já muito tradicionais, como a Casa Folha, as unidades do Sesc (Sesc Caboré, Sesc Santa Rita e a itinerante Edições Sesc) e a Casa PublishNews.
Uma novidade neste ano é a utilização do Areal do Pontal, onde já era instalada a tenda principal até 2015. Neste ano, o espaço vai abrigar uma série de atividades, incluindo uma exposição em homenagem a Paulo Freire feita pelo Itaú Cultural e o Se Joga no Livro, um game interativo que explora todas as etapas de produção de um livro. O Areal receberá também um auditório com programações diversas.
O Grupo Editorial Record, que comemora seu 80º aniversário em 2022, volta a ter casa em Paraty, com uma programação que contempla nomes como Claudia Lage, Felipe Franco Munhoz, Vanessa Passos, Rodrigo Ramos Filho, João Silvério Trevisan, Ricardo Lísias, Ana Maria Gonçalves, Cidinha da Silva e Carla Madeira.
Vale conferir ainda a programação das editoras independentes. A Casa Paratodos reúne as editoras Relicário, Nós, Dublinense, Macondo, Tabla e Imã. Na programação, nomes como Marcelino Freire, Laura Di Pietro, Paula Carvalho, André Capilé, Stephanie Borges, Mariana Salomão Carrara e Rafael Gallo, recém-nomeado ganhador do Prêmio Saramago.
Outro destaque entre as indies é a Gueto, que reúne 13 editoras. Um dos destaques da Gueto é a mesa Resgate da literatura de Maria Firmina dos Reis, homenageada desta edição da Flip. O encontro reunirá Eduardo de Assis Duarte (Literafro – UFMG – Mondru), Tarsilla Couto de Brito (UFG – Mondru), Tânia Ferreira Rezende (UFG – Mondru) e Luciana Lima Silva (Patuá), com mediação de Juliana Matos (Mondru).
A Casa Malê, capitaneada pela editora de mesmo nome, vai celebrar a literatura de autoria negra brasileira, com reflexões importantes sobre o livro, a leitura, a mediação e a divulgação literária. Entre os autores que se apresentarão na Casa Malê estão Conceição Evaristo, Geni Guimarães, Marcelo Moutinho, Henrique Marques Samyn, Amanda Crispim, Henrique Rodrigues, Geovani Martins e Jessé Andarilho.
Flip com F de Festa
A Flip é, sobretudo, um lugar de encontros. E a programação vai muito além das mesas de debates. Flip é festa. Muitos happy hours e coquetéis acontecem todo fim de tarde, boa parte deles abertos ao público. É chegar e se divertir.
E todo agito também tem espaço para a calmaria. Neste ano, a Alta Books – grupo editorial que tem selos como Tordesilhas, Alaúde e o recém-lançado Alta Geek – vai oferecer aos “flipeiros” sessões matinais de meditação. É a Flip Zen, afinal, todo mundo, precisa de um pouco de calma! As sessões são gratuitas e acontecem todos os dias da Flip, às 9h, na Casa de Cultura.
A programação da Flip vai até domingo (27). Para conferir a programação completa, clique aqui.