O mercado editorial acompanha, desde novembro de 2018, a situação da Saraiva. Naquele mês, a varejista pediu recuperação judicial, apresentando uma dívida à Justiça de mais de R$ 600 mil.
Muita água passou debaixo dessa ponte. Na última segunda-feira (14), a varejista divulgou o resultado do seu terceiro trimestre de 2022. O relatório aponta prejuízo líquido de R$ 9,2 milhões, já descontando aqui o resultado de operações descontinuadas. Apesar do número negativo, ele é 44% menor do que o registrado em igual período de 2021, quando a companhia registrou prejuízo de R$ 17 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda), outro importante indicador, também ficou negativo em R$ 4 milhões entre julho e setembro. Isso indica uma melhora de 59% ante o dado negativo de quase R$ 10 milhões de igual período de 2021.
Crise no e-commerce da Saraiva
Considerando apenas as lojas físicas, a receita bruta da varejista alcançou R$ 22 milhões, aumento de 6,3% em comparação com o ano passado. Usando o critério de Mesmas Lojas, o crescimento é de 29%.
A coisa muda de figura, quando se olha apenas as vendas realizadas no e-commerce da varejista. Neste canal, as vendas brutas apresentaram declínio de 60,8% em relação ao ano anterior.
“A baixa performance de venda do site se deve a problemas estruturais na solução, motivo pelo qual foi totalmente reformulado em outubro de 2022. Com tecnologia de ponta, o portal conta com canais de vendas digitais e uma jornada totalmente omnichannel. A partir de agora, com sortimento ampliado, o e-commerce atuará efetivamente como um marketplace, oferecendo produtos de lojas parceiras, distribuídos em seções de games, papelaria, presentes e, futuramente, eletrônicos”, informou a empresa.