Bate-Papo com Hada Maller

Entrevistas & Ensaios – NESPE

No último dia 8, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou os cinco finalistas em cada uma das categorias do Prêmio Jabuti. Em Contos, aparece A ilha dos sentimentos perdidos, escrito por Hada Maller, aluna da pós-graduação em Design Editorial aqui no Nespe. Ela é a nossa entrevistada da semana.

O livro conta com ilustração de Paloma Barbosa, mapa de Rafael Silva, revisão de Bruna Barranco e o projeto foi orientado por Thiago Ramari.

A entrega do Prêmio acontece no dia 24 de novembro, no Theatro Municipal de São Paulo, com transmissão pela internet.

Happy Hour Nespe – O seu livro A ilha dos sentimentos perdidos ficou entre os cinco finalistas do Prêmio Jabuti. Como você recebeu essa notícia?

Hada Maller – Recebi assim que saiu a lista e com muita alegria! Quando me inscrevi, não imaginava que poderia ser indicada e isso já foi uma honra para mim.

HH – De que fala o livro?

HM – É um livro de contos de realismo fantástico cujas personagens principais são pessoas com deficiência física. A intenção do livro era trazer essas pessoas para o centro da narrativa, coisa que é muito difícil ver na literatura. Além dessa discussão, o livro também traz assuntos como relacionamento abusivo, autoritarismo e maternidade compulsiva.

HH – Você é uma autora independente. O Jabuti, nos últimos anos, se abriu mais para autores que se autopublicam (vide À cidade, de Mailson Furtado Viana, livro do ano de 2018). Como você avalia esse movimento do mais tradicional prêmio literário nacional?

HM – Avalio como um avanço, principalmente para autores iniciantes fora do eixo Rio-SP. Estar nesse eixo, mesmo sendo um autor iniciante, proporciona uma maior rede de contatos, muito importante hoje devido à alta demanda de literatura publicada. O Jabuti se abrir para a literatura independente também colabora com o incentivo de autores e autoras que acham que precisam de uma editora para conseguir publicar um livro, processo que sabemos que pode demorar muito tempo.

HH – Você é nossa aluna, no curso de design editorial. Como avalia o curso? E como o design dialoga com a literatura?

HM – Ainda estou no primeiro semestre do curso mas já considero uma grande conquista. Estar no meio de pessoas que se interessam e tem autonomia para falar de assuntos que nem sempre temos tanto contato é enriquecedor.

Como também sou diagramadora, eu só posso dizer que o design e a literatura estão cada vez mais intrínsecos. Atualmente, as editoras e o público estão valorizando muito um design que dialoga com as histórias, permitindo que ele tenha tanto destaque como um texto. Gosto muito do caminho que essa parceria de design/literatura está tomando de uns anos para cá.

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