Frankfurt abre inscrições: por que essa feira é tão importante?

Vagas & Oportunidades – Nespe

A Feira do Livro de Frankfurt abriu inscrições para a sua edição de 2022 (19 a 23/10), levantando a bandeira da diversidade de publicação, pluralidade de ideias e contra toda e qualquer forma de discriminação.

A edição marca a volta de grandes editoras – afastadas da feira desde 2019 por conta da pandemia. Segundo os organizadores, Spotify, TikTok, Penguin Random House, Simon & Schuster, Hachette, Scholastic, HarperCollins, Macmillan, Ingram, Taylor & Francis, Springer Nature, Holtzbrinck são alguns dos quatro mil expositores de 80 países que estarão presentes nos pavilhões da Frankfurter Messe.

O tema desta edição será “Traduzir. Transferir. Transformar.”. Com isso, a feira quer jogar luz no papel da tradução e dos tradutores como verdadeiros mediadores de culturas e idiomas. A Espanha será o país homenageado.

Cartaz da primeira Feira do Livro de Frankfurt, de 1949

Um pouco da história da Feira do Livro de Frankfurt

A história da Feira do Livro de Frankfurt é antiga, remonta ao século XV, quando Gutenberg criou a prensa de tipos móveis em Mainz, cidade localizada a 40 km de Frankfurt. O primeiro registro de uma feira de livros na cidade é de 1462.

Mas, foi em 1949, tendo por cenário a Europa arrasada pela II Guerra Mundial, que a Feira do Livro de Frankfurt começou a ganhar importância.

Aquela edição, realizada na Paulskirche, uma igreja instalada no centro da cidade, reuniu 205 expositores alemães e entrou para a história do livro como a primeira feira do livro do pós-guerra.

Mas por que a Feira do Livro de Frankfurt se tornou tão importante?

De lá para cá, a feira se tornou uma espécie de Meca para pessoas que trabalham com livros. É lá que editores e agentes de todo o mundo decidem o que os leitores lerão nos próximos meses e anos.

Mas, mais do que isso. Nos últimos anos, a feira passou a se posicionar como líder mundial em conteúdo impresso e digital e passou a ser um ponto de encontro do mundo editorial com os universos da tecnologia e de outras indústrias criativas, como filmes e jogos.

Uma feira de negócios, de experimentações e, sobretudo, de contatos

Se a pandemia provou que tudo pode ser feito à distância, ainda faz sentido cruzar o Atlântico para ir a uma feira negociar livros? Para muitos, a resposta poderia ser não. Mas, é preciso ter em mente que o nosso mercado é fundamentalmente relacional. É no olho-no-olho que ele acontece. É com apertos de mãos e tapas nas costas que se constroem relações de confiança e negócios.

Talvez, para um editor que já tenha estabelecido relações com seus pares internacionais, ir anualmente a Frankfurt não seja mais tão necessário. Mas para quem quer construir essas relações, ir é fundamental.

Lá, é comum agendar reuniões a cada 30 minutos. Um novato, terá que batalhar por uma faixa de horário dessas e, em 30 minutos, vender o seu peixe e passar confiança. Quem sabe isso não se converta em negócios?

Além disso, a feira oferece uma programação que apresenta o que há de mais moderno, as tecnologias mais avançadas, o que é tendência. Enfim, o futuro está ali.

Mais do que obrigação, Frankfurt é prazer

Se Frankfurt é a Meca de quem trabalha com livros, é “obrigatório” ir pelo menos uma vez lá. Claro que se trata de uma brincadeira isso. Ninguém é obrigado a nada, mas, Frankfurt é também prazer.

A cidade tem 750 mil habitantes. Em 2019, a última sem pandemia, a Feira recebeu 302 mil visitantes. Com esse tanto de gente “invadindo” a cidade é de se esperar que tudo se torne festa.

O epicentro dessa festa é o Steigenberger Frankfurter Hof, ou somente Hof, para os íntimos. É pra lá que vão boa parte de editores e agentes para um drink e uma conversa animada. Além disso, há as festas! Ah! As festas de Frankfurt!

Os museus, os parques, os restaurantes, os cafés, até as igrejas se tornam palcos para encontros (agendados ou casuais). É isso o que torna a ida a Frankfurt “obrigatória”

Como se inscrever na Feira do Livro de Frankfurt

Para entrar na feira é preciso ter um ingresso. A credencial que dá acesso a todos os dias da feira custa 129 euros. Há a possibilidade também de comprar ingressos para dias específicos, daí, custa 79 euros. Os valores são válidos apenas para profissionais do livro: funcionários de editoras, agências, livrarias, distribuidores ou bibliotecas, autores, ilustradores, tradutores etc.

O link para a compra dos tickets é este.

Para acessar a programação, clique aqui.

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